Escrever para ti está a tornar-se cada mais complicado, não é que tenha ficado sem palavras ou que não tenha nada mais a dizer-te, mas amar alguém é complicado e expressa-lo por palavras não é uma tarefa fácil.
Amar-te é a coisa mais natural que há, não vejo outra forma de viver senão amar-te. Pode parecer louco, ou até doentio. Podem ler estas palavras e pensar "vai acabar tão magoada e desiludida", mas eu acredito em promessas, e há 7 meses atrás disseste que nunca me ias desiludir, pode parecer ridículo, mas prefiro fechar os olhos e acreditar em ti cegamente.
Acho que amar é isso, estar cego. E eu gosto tanto de estar cega por ti. É isso, estou cega, estou presa, presa a alguém por quem tenho um amor tão grande que alguém pode achar doentio.
E eu sou tão feliz assim, e tu fazes-me tão feliz. Estou perdidamente apaixonada por ti, não vale a pena falar-te mais, porque tu sabes, o mundo sabe. E eu amo-te!
Encontrei-te na fase em que mais pedia para não aparecer ninguém, na fase em que deitei tudo para trás e deixei que tudo me passasse ao lado.  Andava perdida, sem qualquer rumo ou direcção, não sabia que sentido seguir, sentia-me sozinha, e surpreendentemente eu gostava disso, sentia-me presa em mim, sentia que a muralha estava construída e que naquele momento ninguém me ia derrubar. Estava fria, mais fria que nunca. Carregava em mim, finalmente, a liberdade de estar presa a mim. E, embora não soe assim tão bem, era realmente bom sentir-me assim, intocável.
Mas tu vieste,sem avisar, para provares que eu estava enganada, mas eu duvido que essa fosse a tua intenção, mas fizeste-o. E eu tive tanta sorte nisso, meu amor... Tive a sorte de te encontrar, aliás a sorte de tu me encontrares. 
Jamais naquele dia me passou pela cabeça que tinhas vindo para ficar. Jamais pensei que qualquer palavra pudesse ter tão significado e que pudessem passar a actos.
E os dias foram passando... Quando dei por mim, não havia nada a fazer, não podia mandar em sentimentos, muito menos tirar-te de mim como se fosses uma peça qualquer do meu armário. Percebi que a muralha tinha desmoronado e que a pessoa fria deitada naquela cama, naquela noite, há alguns meses atrás não era a mesma sentada na cadeira do café diante de ti, a tentar perceber onde tinha vindo parar.
Desculpa ter tentado negar. Podes não ter sabido nem sentido mas andei tempos a chorar, amarrada à pessoa que era, a pensar no quanto tinha sido magoada, e eu não queria passar por tudo de novo, amarrei-me à dor dias e dias seguidos, pensei nas noites de desespero, em todos as lágrimas derramadas e tentei forçar-me a não me apaixonar.
Inocente. Já estava demasiado por dentro, não dava para voltar para trás, não havia como fugir, e quando me aproximei tinha os teus lábios nos meus.´
Agora olho para trás e não vejo nada mais que cinco meses maravilhoso, cinco meses ao teu lado, ao lado do rapaz que é tão diferente de todos os outros e tenho tanto agradecer-te por isso.
Sei que estamos no inicio da nossa caminhada e embora pareça uma vida do teu lado ainda pouco tempo passou, mas também sei que vamos percorrer o nosso caminho juntos.
E eu amo-te. Amo-te ao ponto se sentir vergonha de já ter prenunciado esta palavra antes, porque só agora sei o que é amar, e eu amo-te tanto meu amor!
Nunca escrevi e apaguei tanto como agora, nunca algo me deu tanta vontade de escrever e me fez bloquear tanto. Não sei por onde começar, talvez o melhor seja pelo inicio como dizem, mas do que me vale contar pedaços da nossa história se jamais alguém vai entender? Talvez comece por dizer que te amo, talvez seja por ai, talvez essa seja a razão principal de te estar a escrever.
Gostava que soubesses que és o melhor para mim, gostava que não duvidasses tanto disso e que conseguisses ver em ti o que eu própria vejo. Gostava também que soubesses que ninguém foi melhor que tu e que ninguém o será, e gostava que soubesses que o que tu achas que são falhas tuas são as coisas que me vou sempre orgulhar mais em ti...
Sempre me foi fácil escrever para as pessoas, bastava umas palavras bonitas, bastava lhes dizer o que gostava nelas e relatar as nossas historias, mas tu és tão especial, especial ao ponto de não conseguir decidir o que te quero escrever.
Odeio que fumes, mas adoro a forma como pegas no cigarro e me afastas do fumo. Odeio que bebas, mas adoro a tua sinceridade quando nesse estado me tentas explicar que me amas. Não gosto que discutas comigo, mas gosto tanto da maneira como pedes desculpa. Não gosto de acordar cedo, mas gosto de acordar a que horas for contigo do meu lado para te poder tocar. Não gosto de me sentir presa, mas amo sentir-me em liberdade tão entregue a ti.
Percebi que não havia volta a dar quando pousaste a tua mão na minha pela primeira vez, juro-te aqui que jamais vou esquecer o arrepio que senti e o quanto o meu corpo tremeu. Amei-te nesse dia e em todos os dias que se seguiram. Amei-te no dia em que me disseste que me amavas pela primeira vez. Dai para a frente amei-te sempre. Amei-te na primeira discussão. Amei-te na primeira noite. Amei-te e percebi que me amavas quando acordaste do meu lado com um sorriso na cara.
E continuo amar-te, com a certeza absoluta que me amas.
Deixei-te ir. Não só por ti mas, também por mim. Acho que merecia melhor do que tínhamos. Eu sei que merecia. Chega de achar que tu deste tudo o que podias, porque agora que vejo realmente com olhos de ver percebo que realmente tu não deste o que devias ter dado. Não te culpo. Fizeste o que estava certo para ti, e neste momento não há como te julgar.
Deixei-te ir porque precisava de paz. Então desisti de tentar ter-te por completo. Era impossível, e só depois de tantas quedas eu percebi isso e não me arrependo de tanto me ter magoado. Fiz as minhas escolhas e tu as tuas e agora cá estamos, cada um do seu lado.
Gostava de um dia poder explicar-te olhos nos olhos que quando passado tantos meses me teres pedido para voltar, eu só queria voltar. Não sei onde mas arranjei forças para dizer que já não dava. Não te consigo explicar o que senti e o que chorei ao dizer-te que o meu amor por ti tinha chegado ao fim quando dava tudo para poder estar nos teus braços naquele momento. Não te sintas enganado, eu disse a toda a gente de sorriso na cara que te tinha esquecido e apesar de por dentro tudo gritar o teu nome eu consegui dizer que não e mentalizar que não havia volta a dar.
Desculpa. Desculpa se chorei tanto ao ver-te dizer que tinhas saudades minhas e que farias tudo por mim e mesmo assim congelei-me e disse que não te amava. Desculpa o meu orgulho que tu tão bem conheces ter-me feito ver-te passado tanto tempo e olhar-te nos olhos, ter sorrido e ter dito olá quando a minha vontade era abraçar-te e pedir para ficares comigo ali para sempre. Não fazes ideia o quanto custou cumprimentar na cara quando conhecia tão bem a tua boca.
Mas é assim, as saudades ficam e todas as nossas recordações nunca serão apagadas.

  Talvez a culpada seja eu. Sou eu que carrego em ti todos os meus sonhos, sou eu que quero acreditar que tu és diferente de todos, sou eu que desde que te conheci imagino alguém mais perfeito que tudo e todos.
  E tu és simplesmente tu, um rapaz, um rapaz como os outros, és alguém que erra, alguém imperfeito. Não tens que me carregar o meu peso, não tens que aguentar as minhas falhas e muito menos ficar para trás só por mim.
  Não tenho o direito de te prender, não posso pegar em ti e nunca mais largar.
Sinto a tua falta. Sinceramente, não queria, mas sinto. E já não me julgo por isso, é completamente normal sentir a falta de quem foi o nosso mundo, é normal ter saudades de quem me apoiou durante meses e meses a fio, de quem me fez tão feliz como nunca ninguém me tinha feito.
Sentindo a tua falta ou não, já não há nada a fazer. Tu foste embora e ninguém te pode trazer de volta para mim. Já não és meu e infelizmente já não te posso implorar para ficares comigo e para me deixares ser tua, só tua.
Continua a doer. Sei que já se passaram alguns meses e que eu te devia esquecer, mas não te esqueci.. Porra, porque "esquecer"? Não te quero esquecer, não quero esquecer nada de ti, não quero nem posso, sinceramente. Foste o melhor de mim, e vou amar-te sempre por isso. Não quero ultrapassar isto e deixar-te ir sem mais nem menos. Não me quero sujeitar ao vazio de não te ter pelo menos em pensamento, já que está fora do meu alcance poder ficar junto a ti verdadeiramente.
É triste, mas tu já não sentes o mesmo. Pelo menos é que dizes, porque eu, sinceramente, não o sinto. Sinto que ainda sentes algo, que gostas de mim de alguma forma. Isso vê-se nas tuas atitudes, desculpa dizer-te isso.
Apesar de tudo não peco para voltares. Não quero isso par mim. Foi bom ter-te comigo mas o que tinha a dar já deu. Mesmo assim, desculpa amar-te como no primeiro dia e não conseguir esconder isso de ninguém. Até mesmo de mim, e de ti.
Conheci-te num dos piores momentos da minha vida. Conheci-te no dia em que tive mais medo em toda a minha vida, no dia em que pensei estar a perder a pessoa mais importante para mim. Tu lembras-te? Quando eu digo "conheci-te" falo de quando falei para ti, quando desabafei pela primeira vez e quando tu me seguraste as mil lágrimas da cara. 
Eu lembro-me bem. Eu mal te conhecia, aliás eu tinha uma má imagem tua mas estava em tão desespero e tu parecias conhecer-me há tantos séculos, que a simples pergunta no meio da aula a perguntar: "tu estás bem?" fez despertar algo em mim, eu não sei o que foi, não me perguntes mas, naquele momento apeteceu amarrar-me a ti e chorar até todas as lágrimas secarem, fui breve mas respondi: Eu só quero que o meu pai volte rápido para casa, ele podia ter morrido, eu nem sei se ele está a melhorar naquele hospital. 
Lembro-me como se fosse hoje, olhaste para mim e sorriste com aquele teu sorriso de quem sabe o que estou a sentir e de quem apetece chorar comigo, contaste-me que já passaste pelo mesmo, eu sabia que querias chorar, mas sorrias para mim estupidamente, acho que seguraste as lágrimas das duas pela primeira vez. Sorri para ti, talvez o meu ´primeiro sorriso sincero para alguém que eu não gostava. 
Tinha tanto em que pensar nessa altura, passei semanas com o meu pai internado no hospital, ele podia já não estar comigo, mas está. Ele naquele dia ainda estava a acordar de tudo, estava ligado a mil máquinas, com costelas partidas, com ombros deslocados, com mão partidas, com um pulmão a morrer, com feridas por todo o lado. Lembro-me de o visitar naquele dia à tarde, quando o vi naquele estado ainda tive mais medo, mas ele estava acordado e com muito esforço sorriu para mim. Foi aí que tudo começou, eu quis ligar-te e contar-te que o meu pai sorriu. Lembro-me disso. O meu pai tinha sorrido e eu queria dizer-te isso a ti porque tu tinhas segurado as minhas lágrimas, e eu nem sequer sabia nada de ti e tu já parecias saber tanto de mim. Queria partilhar contigo aquele momento de felicidade porque tu tinhas ido aquele apoio fundamental e foi o teu sorriso que me disse que ia tudo correr bem e realmente estava a correr.
Desculpa se estou a fugir do assunto e que o texto que prometi ser para ti está a ser partilhado. Mas é que eu tinha esta necessidade de te contar como tudo começou para mim, eu nunca te tinha dito isto. 
Agradeço-te por aquele da e por os dias que ai se seguiram, até hoje. Só te tenho a agradecer e também de pedir desculpa pelos mil erros que cometi e tu perdoaste sem reclamar muito. 
Sabes que eu gosto muito de ti, aconteça o que acontecer e embora eu não diga nem demonstre, eu gosto mesmo muito de ti e és das melhores pessoas que eu conheço e és daquelas que eu nunca vou largar e se um dia acontecer interna-me que eu para perder alguém como tu ou estou a enlouquecer ou a morrer.