Deixei-te ir. Não só por ti mas, também por mim. Acho que merecia melhor do que tínhamos. Eu sei que merecia. Chega de achar que tu deste tudo o que podias, porque agora que vejo realmente com olhos de ver percebo que realmente tu não deste o que devias ter dado. Não te culpo. Fizeste o que estava certo para ti, e neste momento não há como te julgar.
Deixei-te ir porque precisava de paz. Então desisti de tentar ter-te por completo. Era impossível, e só depois de tantas quedas eu percebi isso e não me arrependo de tanto me ter magoado. Fiz as minhas escolhas e tu as tuas e agora cá estamos, cada um do seu lado.
Gostava de um dia poder explicar-te olhos nos olhos que quando passado tantos meses me teres pedido para voltar, eu só queria voltar. Não sei onde mas arranjei forças para dizer que já não dava. Não te consigo explicar o que senti e o que chorei ao dizer-te que o meu amor por ti tinha chegado ao fim quando dava tudo para poder estar nos teus braços naquele momento. Não te sintas enganado, eu disse a toda a gente de sorriso na cara que te tinha esquecido e apesar de por dentro tudo gritar o teu nome eu consegui dizer que não e mentalizar que não havia volta a dar.
Desculpa. Desculpa se chorei tanto ao ver-te dizer que tinhas saudades minhas e que farias tudo por mim e mesmo assim congelei-me e disse que não te amava. Desculpa o meu orgulho que tu tão bem conheces ter-me feito ver-te passado tanto tempo e olhar-te nos olhos, ter sorrido e ter dito olá quando a minha vontade era abraçar-te e pedir para ficares comigo ali para sempre. Não fazes ideia o quanto custou cumprimentar na cara quando conhecia tão bem a tua boca.
Mas é assim, as saudades ficam e todas as nossas recordações nunca serão apagadas.

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